quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"Em toda e qualquer situação..."

Minha relação com a música é intensa.
Quente, constante, mas principalmente, intensa.
Desde os meus 13 anos, quando comprei meu primeiro cd da Legião Urbana, posso dizer que realmente minha vida mudou.
Podia ter sido qualquer outra banda, mas quando ouvi o "Como é que se diz eu te amo - Parte 1" pela primeira vez eu senti aquela coisa de "É isso, cara!! É assim que tem que ser feito.
Daí pra me interessar por guitarra foi coisa de uns 3 meses.
Antes de me dar a guitarra, minha mãe me deu um violão pra ver se eu ia seguir mesmo.
Na época, eu não costumava terminar a maioria das coisas que começava.
E eu segui.
E me apaixonei.
Desde aquela época, o Dado Villa Lobos é um baita exemplo pra mim de cara que sabe utilizar as melodias, criar harmonias diferentes e inovar.
Inovar é a palavra.
A guitarra existe pra ser explorada.
E reinventada.
Inovada.
Admiro absurdamente as pessoas que conseguem ir mais longe com o instrumento.
Que criam linhas melódicas que emocionam com duas ou três notas.
Ou que colocam tantas notas e o conjunto fica tão bonito que não sabemos explicar o porque de estarmos sentindo aquela coisa estranha no peito.
E acho muito legal quando vejo uma banda nova que faz um som que me deixa pensando "nossa, como eles fizeram isso?".
Ou uma banda antiga que eu nunca tinha escutado e me deixa com a sensação de "caramba, porque esse tipo de som não foi mais explorado?"
Ouvir música, pra mim, é quase um esporte.
Quanto mais música eu ouço, mais coisas quero escutar.
E mais quero saber.
Afinal, é um aprendizado que não acaba.
Se você for tocar, nunca vai saber tudo sobre um instrumento.
Sempre vai ter uma escala que você não conhece, uma combinação de notas que você ainda não fez ou um timbre que você nunca escutou.
E se você for escutar, sempre vai ter aquela letra que te deixa pensando "era exatamente isso que eu queria dizer e nunca consegui formular na minha cabeça" ou alguém que toca a "música da sua vida".
Se eu fosse escolher a música da minha vida, precisaria de uma bela coletânea.
E espero fazer que um dia essa coletânea dure várias horas.
Afinal, há muito ainda a se ouvir.
Muito a criar.
Muito.
Muito.
Muito.
Não importa que tipo de música toque seu coração.
Se você gosta ou não de Legião Urbana.
Sempre há a música que te tira do eixo.
Que chega as vezes a dar até falta de ar quando escuta.
Essas músicas que eu procuro.
Intensamente.

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