sábado, 4 de setembro de 2010

Em terceira pessoa

Eu não perco a mania de escrever músicas.
Nos últimos tempos, aliás, escrevi bem mais do que no ano passado inteiro.
E tenho uma mania, as vezes meio chata, de tentar não repetir alguma coisa que eu já tenha feito.
Ou busco novas combinações melódicas, ou outras temáticas de letra, ou mesmas temáticas ditas de jeitos diferentes.
E nisso, andei voltando a coisas que eu não fazia mais.
E voltei a inventar estorias nas letras.
Como eu fazia nas redações da sétima série.
E como fazia nas primeiras composições, se é que podem ser chamadas assim, lá por 2004.
A minha linha de raciocínio nesse tipo de coisa é simples.
Junto algumas notas, vejo que melodia pode ser feita, e a partir disso vejo que tipo de personagem combinaria com a melodia, deixando as ações rolarem sozinhas.
Eu nunca sei como vai ser o final até chegar a ele.
E geralmente não tenho idéia do formato que vai ter.
Enquanto voltava a essa temática, acabei lembrando de uma música chamada "Outra história de amor", que como o nome já diz, é uma das coisas mais bregas que um adolescente pode inventar.
Como o Renato conhecia a letra dessa música e na aula de educação artística do segundo colegial nós sempre terminávamos os desenhos um pouco rápido, sobrava tempo pra tocarmos violão na sala pra distrair (sim, nós tocávamos violão no meio da aula).
Certa vez, tocamos essa música pra galera que tava por perto, e tal foi a nossa surpresa quando vimos duas amigas nossas (uma delas era a Deia) chorando ao ouvir a canção.
Na hora, me pareceu a coisa mais absurda do mundo.
O que vinha na minha cabeça era: "nossa, como elas se emocionam com uma bobagem dessas?"
Na real, eu não tinha noção do quanto a música pode tocar as pessoas.
E nem do quanto uma letra pode ser importante.
E agora entendo melhor o que eu disse em um post anterior, de a música tocar sua alma e dar um chacoalhão nela, fazer bater mais forte o coração ou te deixar com a sensação de que a letra x ou y é como se tivesse sido feita pra você, tal a sua relação de "intimidade" com o que está sendo cantado.


Nos próximos dois posts, vou colocar as últimas músicas que fiz com essas estórias.
Se você ler, vai ver que são completamente diferentes.
E são assim por causa das melodias em que foram inspiradas.
Então, partindo da idéia que eu não queria me repetir, acho que consegui.

Vamos ver, né...

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