sexta-feira, 19 de novembro de 2010

De volta

Eu não voltei a ser quem costumava ser.
Depois de tudo que aconteceu, acho que nem caberia.
Então me deixa errar quando souber o que é certo
Pra poder acertar quando tudo parecer errado.
A vida está aí, na nossa frente.
Implorando para ser vivida.
E eu quero ver tudo.
Se minha miopia tentar impedir,
É só chegar mais perto.

Eu não vou fugir do que pode acontecer
Não vou me arrepender por não ter feito (de novo).
Não vou dizer tantos "nãos"
E esperar que algum sim possa trazer o que eu procuro.

Sim, eu espero.
Sim, eu continuo.
Sim, eu vou continuar até você não ver mais.
E sim.

Quantas vezes for preciso.

O salto




Troquei a selva de pedra por uma de verdade.

Só esqueceram de me avisar que eu AINDA não sei voar.

sábado, 13 de novembro de 2010

Se perguntar...

A única verdade é que não sei resposta nenhuma.
Na verdade, mal sei se as perguntas estão certas.
E faço minha verdade baseado no que sinto.
Baseado no que sou.
No que fui.
No que me tornei.
Baseio o que me tornei pelo que me trasmitem.
E como me trasmitem.
Baseio o que sou pela percepção que as pessoas que estão a minha volta têm de mim.
E do quanto falta elas saberem.
E se essa falta as faria mudar muito de opinião.
Já foram tantas mudanças que o caminho que eu seguir já não faz tanta diferença.
É só ir.
E ver no que dá.
Mas se me perguntar, eu te digo que sei exatamente a direção.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Não quero

Eu não quero saber.
Não quero ouvir.
Não quero ver.
Não quero ouvir falar.
Não quero imaginar.
Não quero pensar a respeito.
Não quero esbarrar.
Não quero.
Não quero.
E não quero de novo.

Porque no fundo, eu só queria não sentir.

Você só precisa aprender a enxergar por outro ângulo.
Vai ver que as coisas não estão tão ruins assim.
Perdemos muito, mas não perdemos tudo.
E enquanto restar o mínimo desse tudo, ainda estaremos lá.

Só tome cuidado pro meu "lá" não ser diferente do seu.
Por enquanto, meu lá é aqui.
Por quanto tempo eu não sei.

domingo, 7 de novembro de 2010

Razões

Sou um cara extremamente racional.
E gosto que as coisas saiam do meu jeito.
Talvez por isso, quando há algo que não posso controlar, não consigo mudar ou não sei lidar, perco a reação.
Eu queria muito poder escolher o que sentir, quando sentir e com qual intensidade sentir.
Queria demais poder dizer "a partir de hoje acabou, e as coisas vão ser diferentes".
Na verdade, até digo. Mas o coração não obedece.
Minha racionalidade é mais fraca do que o que sinto.
E isso me incomoda. Profundamente.

Eu espero pelo dia que vou poder dizer que não te quero mais e acreditar no que eu falo.
Até lá, luto diariamente pra não sofrer.
Ou sofrer na menor quantidade possível.

Tenho milhares de razões pra esquecer.
Nenhuma delas ainda venceu.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Marcas

Eu tropecei.
Dei de cara no chão.
Quando já estava quase de pé, escorreguei novamente.
Bati o outro lado.
E com a cara cheia de marcas, eu me levanto de novo.
Vou ficar em pé novamente.
Pra continuar caminhando.
Afinal, a estrada é longa.
E eu ainda estou no início.

Me encontre no final, quando as marcas forem tantas que nem vai conseguir ver mais meu rosto.
Tenho certeza que você vai me ver feliz.
Eu quero te ver feliz também.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Adoção do gato

A vizinha do apartamento de baixo degradou seu gato e o pobre bichano fica vagando pelas redondezas do predio.
Caso alguém queira adota-lo ou conheça alguém que queira, é só avisar.
Se ele não for adotado logo vai ser morto. Os vizinhos aqui não gostam que gatos andem sobre seus carros e colocam veneno.

Ficarei bem feliz se você me ajudar a evitar que isso aconteça.