terça-feira, 12 de abril de 2011

Logo ali

Não, eu não deixei de sonhar.
A diferença é que agora eu não preciso mais fechar os olhos pra ver o que eu quero.
Entre lucro, prejuízo, sorte, azar, vitória, derrota, eu sou a soma de tudo. O que é bom, o que é ruim, o que é fácil, o que é difícil, o que é muito difícil, o quase impossível e o que eu não chego jamais. Fica tudo ali, flutuando em volta.
E eu vou caminhando olhando pra tudo. Cada pedaço que eu ainda não tinha reparado, a distância que parece mais curta a cada vez que é percorrida, como essa mesma distância parece bem mais longa se ficar um tempo sem percorrer, como o mato cresce e toma conta da estrada, como as fachadas vão mudando de cor com o passar do tempo... como todas as coisas, apesar de todas as coisas que acontecem, ainda estão lá. E como estar lá é o que realmente importa.
O que importa, por mais que mude, não acaba.
E o que não acaba é o que me diz de verdade quem eu sou.
De tudo que foi embora, de tudo que mal chegou, o que está aqui é mais do que eu vejo, mas não é mais do que eu sinto.
E quando o que se sente não se explica, não importa a forma que tenha tomado ou o tamanho que tenha ocupado, é de verdade.
Não faz diferença se são verdades diferentes.
Não faz mal se os conceitos não são aplicados como a teoria manda.
Não tem problema os passos não vão no mesmo ritmo.
Está tudo ali.
E é tudo verdade.

2 comentários: